quinta-feira, 31 de julho de 2014

"O CHORO DO ELEFANTINHO"


Ontem, na floresta, os animaizinhos muito se entristeceram.
É que uma manada passou pelo rio, fartou-se de água e seguiu viagem, esquecendo o menorzinho do grupo que chegara por último na fila.
E chorava o coitadinho, tanto e tanto, que os bichinhos da mata vieram ter com ele.
Primeiro, o ratinho:
- Oi, elefantinho. Por que é que está chorando?
Foi entre soluços que ele respondeu:
- Porque...porque...é que o meu pai me esqueceu...aqui... 
- Mas não chore mais, amiguinho. Com certeza ele vai notar a sua falta e volta para buscar você.
- Acho que ...ele nem lembra... onde foi que ...eu fiquei, porque eu fui...malvado e ...não atendi o conselho dos ...mais velhos...  
E, de novo, chorava e chorava o pobrezinho.
O ratinho, que era bem esperto, foi ficando preocupado com aquela situação, porque o dia logo estaria coberto pelo negrume da noite e aí, então, é que o pai do elefantinho não conseguiria ver mais nada. 
Foi quando propôs o seguinte:
- Vou avisar o amigo urubu, naquela árvore, que vá no encalço da manada e só volte para cá trazendo o seu pai.
O elefantinho era só lágrimas e choro e choro e lágrimas e risos... 
- Que bom, que bom!
- Aposto que o urubu não vai demorar e seu pai logo volta- afirmou o novo amigo.
De fato.
Estava o elefantinho refestelando-se do calor que fazia, totalmente imerso na água, quando, de repente...
- Meu filho!
Mil abraços do pai que chorava também, apertando o filhinho nos braços.
- Meu filhinho, como é que eu ia explicar para a sua mãe se você continuasse perdido por aí? E como é que eu seria capaz de continuar vivendo? Me diga! Me diga! Graças a Deus!
- Pai, desculpe. Eu te amo também!
Naquele momento, toda a floresta sorriu em paz porque na floresta é assim: se um bicho está com problema, todos sentem e procuram resolver aquele problema.
Quem dera se os humano fossem assim também, né?

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