sexta-feira, 13 de junho de 2014

O PALACETE QUE AFUNDOU



Era uma vez um palacete que afundou.
Morava nele uma família muito ruim. De dia e de noite, quem passava por ali ouvia muitos gritos, muitos chingos, muito barulho.
A família compunha-se de nove pessoas: pai, mãe, dois casais de gêmeos e até trigêmeos.
Deve ser estranho viver numa casa onde as pessoas se parecem tanto!
Um dia, quando as discussões estavam atingindo proporções absurdas, começou a ventar demais na região.
Com os ventos, um frio repentino tomou conta do lugar. 
E então uma tempestade começou a cair.
Juntos, a chuva, os ventos, o frio, parecia que um turbilhão de sensações macabras tomava conta da vida que existia no palacete.
Dava a impressão de que o tempo não voltaria mais a ser como fora sempre, que nunca mais a vida seria normal por ali, que a tempestade jamais cessaria.
E assim, durante nove dias choveu e choveu.
Até que no primeiro dia de sol, alguns trabalhadores que voltavam a cuidar das suas plantações perceberam que não havia mais palacete, que ele havia desabado completamente, não deixando nenhum rastro.
Uma cratera enorme abrira-se na terra e levara o palacete embora.
Mas para onde?
Deus sabe para onde!

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